segunda-feira, maio 29, 2006

Jogando pedras ao léu

"Jogando pedras ao léu
Num caminho único e longo
Sigo sozinho
Meu canto mostra minhas mãos calejadas
Meu pulso segue a luz do sol
Solo seco

De vez em quando uma flor no sertão pra alegrar o viajante
De minha vida lembranças
De quem tentou trazer a paz
A paz a todo instante
Busca incessante
Burilar o diamante

Como dói cada feixe de lenha
Arrancado pra se transformar em obra prima
Minha sina
Como dói o amor errante
Desta rosa sem destino
Desatino do cantor infindado em seu penar
Faz da vida o seu cantar
Desejando o esplendor

Cada pedra um passo
Cada passo um ato

Somos partes de alguém
E temos nossa parte
Cada parte ao seu céu profundo
Somos filhos deste mundo
Feixes de vida entrelaçados
Cada um em sua estrada escolhida
Assim é a vida"


Helder e Leopoldina /05

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