terça-feira, maio 30, 2006

;)


NADA COMO UM DIA APÓS O OUTRO!

Sorrisos !!!!

segunda-feira, maio 29, 2006

Jogando pedras ao léu

"Jogando pedras ao léu
Num caminho único e longo
Sigo sozinho
Meu canto mostra minhas mãos calejadas
Meu pulso segue a luz do sol
Solo seco

De vez em quando uma flor no sertão pra alegrar o viajante
De minha vida lembranças
De quem tentou trazer a paz
A paz a todo instante
Busca incessante
Burilar o diamante

Como dói cada feixe de lenha
Arrancado pra se transformar em obra prima
Minha sina
Como dói o amor errante
Desta rosa sem destino
Desatino do cantor infindado em seu penar
Faz da vida o seu cantar
Desejando o esplendor

Cada pedra um passo
Cada passo um ato

Somos partes de alguém
E temos nossa parte
Cada parte ao seu céu profundo
Somos filhos deste mundo
Feixes de vida entrelaçados
Cada um em sua estrada escolhida
Assim é a vida"


Helder e Leopoldina /05

PONTO FINAL


PONTO FINAL.
Agora vou caminhar pisando leve em outras estradas, que é pra tirar aos poucos a poeira do caminho errado pelo qual andei nos últimos dias.
Faz parte da vida!

"Se não se pode escrever um novo começo, é preciso recomeçar escrevendo um final diferente."
Viviane Senna.

domingo, maio 28, 2006

Penso que não sou!




Tem horas que penso que não sou!
Não sou eu quem penso isso tudo!
Não são minhas estas vontades,
estes desejos,
estes despejos de idéias que vem e que vão com tanta facilidade; que não são!
Não são minhas, não sou eu!
Tudo o que sinto agora, há pouco já se escondeu!
Outros sentimentos chegam tentando lembrar do que aconteceu.
Aí vem idéias e idéias, vem, vão, voltam, desaparecem, chegam,
tomam conta, criam estradas, acendem luzes, apagam outras tantas idéias,
São diversas as horas do meu ser.
São diversos todo esse querer.
São dispersos por não saber de onde vem e nem para onde vão.
Não sabem nem por quê são
Mas são!
E não são meus, não são minhas!
Ou serão?
Vêm como turbilhão.
Transbordam as presenças em mim
E por transbordarem-se perdem-se além, sem fim.
Trazem ausências, abrem espaços.
Quase nunca se completam.
Para onde vão?
Não sei! Não sei nem se são!
Ou se são para serem completas.
Todas intensas, às vezes em vão,
Outras não.
Inquietas.
Todas paixões.
Intensas.
Ás vezes pálidas,
às vezes escuras,
mas sempre propensas
a ceder seu espaço ao que vier.
Todas sedentas
por ir, vir, voltar, não ficar, não calar.
Pra onde será que vão?
Ás vezes penso que não sou!
Por que passeiam por aqui,
Por mim?
Sou para ser incompleta!
Sou portas abertas!
Portas que deixam entrar,
deixam sair,
que não sabem a hora de se trancar,
ou de deixar morar.
Portas que se assustam,
que batem com o vento,
fazem barulho,
calam o tormento que está por dentro.
Portas que escondem,
que mostram transparências,
portas de vivências,
de muitas influências.
Sou portas abertas ao mundo,
ao que vier me visitar.
Só que tem hora,
que quero calar.
Parar.
Quietar.
Deixar ficar.
Fechar.
Trancar.
Plantar.
Permanecer.
Fazer crescer.
Colher.

... Cansei.

Quantas almas?

Não sei quantas almas tenho

Fernando Pessoa

Não sei quantas almas tenho.
Cada momento mudei.
Continuamente me estranho.
Nunca me vi nem acabei.
De tanto ser, só tenho alma.
Quem tem alma não tem calma.
Quem vê é só o que vê,
Quem sente não é quem é,
Atento ao que sou e vejo,
Torno-me eles e não eu.
Cada meu sonho ou desejo
É do que nasce e não meu.
Sou minha própria paisagem;
Assisto à minha passagem,
Diverso, móbil e só,
Não sei sentir-me onde estou.
Por isso, alheio, vou lendo
Como páginas, meu ser.
O que sogue não prevendo,
O que passou a esquecer.
Noto à margem do que li
O que julguei que senti.
Releio e digo : "Fui eu ?"
Deus sabe, porque o escreveu.

Contudo

"Contudo

Álvaro de Campos

Contudo, contudo,
Também houve gládios e flâmulas de cores
Na Primavera do que sonhei de mim.
Também a esperança
Orvalhou os campos da minha visão involuntária,
Também tive quem também me sorrisse.
Hoje estou como se esse tivesse sido outro.
Quem fui não me lembra senão como uma história apensa.
Quem serei não me interessa, como o futuro do mundo.
Caí pela escada abaixo subitamente,
E até o som de cair era a gargalhada da queda.
Cada degrau era a testemunha importuna e dura
Do ridículo que fiz de mim.
Pobre do que perdeu o lugar oferecido por não ter casaco limpo com que aparecesse,
Mas pobre também do que, sendo rico e nobre,
Perdeu o lugar do amor por não ter casaco bom dentro do desejo.
Sou imparcial como a neve.
Nunca preferi o pobre ao rico,
Como, em mim, nunca preferi nada a nada.
Vi sempre o mundo independentemente de mim.
Por trás disso estavam as minhas sensações vivíssimas,
Mas isso era outro mundo.
Contudo a minha mágoa nunca me fez ver negro o que era cor de laranja.
Acima de tudo o mundo externo!
Eu que me agüente comigo e com os comigos de mim."

Semioticamente explicavel !


"Misterioso ser humano"! São mistérios compartilhados por quase todos. Mistérios os mesmos! Sentimentos próximos, inteiros, que passeiam por cada ser como se brincassem com as várias faces que possuem.
Subjetividade! Ainda bem que cada um tem um olhar, cada um sofre de um jeito, sorri com sua forma particular de expressão, fala com sua própria voz, é feliz com um brilho só seu e tem suas próprias opniões.
Já os sentimentos... eles são únicos! Amor é amor, dor é dor, alegria é alegria, saudade é saudade, vontade é vontade e por aí vai! Felizes destes sentimentos que encontram nos seres humanos palcos diversos para brincar de ser diferentes!
Mas tem gente que se parece em certas coisas! Como tem outras que são totalmente diferentes umas das outras, muuuito distantes de se entreolharem um dia.
E sendo assim, às vezes me espanto com reações de seres humanos diante de certos sentimentos. De tão adversas das minhas.
Outras vezes me encontro traduzida por sentimentos vividos por seres alheios, até mesmo desconhecidos!
E me encanto!
Salve os mistérios! Salve os seres humanos! Salve os sentimentos! Salve a diversidade! E salve a unidade!

"do acorde sufocante das palavras não-ditas" - palavras alheias, que traduzem alguns dos meus últimos dias!

"Um pouco de silêncio"


"Um pouco de silêncio" , ele me pediu. Então estou eu agora tentando tocar o silêncio para que ele me ajude a atender à súplica deste ser amante. Difícil porque o amor é barulhento. Inquieto e barulhento! Não quer calar! Grita aos quatro cantos quando chega, enquanto vive!
"Um pouco de silêncio" ... Como é que eu faço? Clamo ao silêncio que venha calar minha alma, inquieta de amar! Inquieta... inquieta... inquieta... Posso até conseguir me calar, mas não se iluda, que o amor não vai acabar!

"silêncio, silêncio, este que não se deixa tocar. quero um pouco de vinho e saudade. posso viver bem, sim, desde que guardado este corpo. o amor não acaba. não acaba. ele espera."
(Carolina Junqueira)

sábado, maio 27, 2006

A Lua


"A Lua é esta que inspira a sermos mutantes das paixões e conspiradora de humores a ponto de me confundir a cada instante se estou a crescer ou minguar os meus pensamentos em devaneios que me levam a viver momentos de intenso brilho e invariavelmente oposta sensação de total reclusão..."

Poeta da Alma

SAUDADE

Sonzêra!




Pra quem curte uma boa música cheia de poesia e com brisa carioca, chega lá nos sites abaixo que são de duas bandas muito bacanas de amigos do Rio! Abre as "orêia" !

http://www.myspace.com/qinhoeoscara

http://www.obaque.com.br/

sexta-feira, maio 26, 2006

Paulo Leminsk



Não Discuto
não discuto com o destino
o que pintar
eu assino

Paulo Leminsk

De repente

Soneto da separação

De repente do riso fez-se o pranto
Silencioso e branco como a bruma
E das bocas unidas fez-se a espuma
E das mãos espalmadas fez-se o espanto.
De repente da calma fez-se o vento
Que dos olhos desfez a última chama
E da paixão fez-se o pressentimento
E do momento imóvel fez-se o drama.
De repente, não mais que de repente

Fez-se de triste o que se fez amante
E de sozinho o que se fez contente.
Fez-se do amigo próximo o distante

Fez-se da vida uma aventura errante
De repente, não mais que de repente.

Salve Vinícius!

...


Se eu não sei o que fazer da vida... que pelo menos ela saiba o que fazer de mim! Com toda a sua experiência de VIDA, acho mais indicado assim!
E que assim seja!

Nós, Bárbaros!

NÓS, BÁRBAROS
Ricardo Aquino - do livro Sobre Tuas Sombras

Bárbaros são os deuses que criamos
para ocultar aquilo que realmente somos!
Se percebemos o momento da rosa,
a rosa também nos percebe
o momento.
No silêncio vale-nos o vento
quanto, tanto, a quietude.
O verso é o inverso
da palavra fria.
O frio é o desvio
da falsa poesia.
Nada que sufoca vale,
leva a vela.
Nada que pesa leva,
vela o vale.
Tudo que luz vela,
vale a leva.
Líquidos em sujas mãos:
lave!
O inverno me queima outras folhas,
nuvens formulam estrelas...
Bárbaros são os homens que somos
para ocultar o que realmente
criamos!

Inquietudes...


Inquietudes causam impulsos. E impulsos podem rasgar o que é para ser inteiro. Inquietudes podem dar asas ao impulso e estragar o que há de vir primeiro! Impulsos podem fazer as pernas andarem mais depressa que o tempo! Impulsos podem apimentar demais o tempero! Inquietudes nos movimentam, sim... Mas é preciso escutar a alma, deixar chegar a calma, olhar para a palma da mão, ver a imensidão dos caminhos, escutar tocar os sinos dos momentos de solidão, deixar calar o impulso e agir com atenção. Não deixar morrer a paixão, isso não. Mas não deixar que ela seja em vão. Deixar o tempo dizer sim ou não! As inquietudes trazem passos falsos quando dão as mãos aos impulsos. Se entregam sem um pingo de razão. É melhor que caminhem de mãos dadas paixão e razão, que é pra ter tempero de equilíbrio. Mesmo que não se atinja a exatidão, é preciso escutar o coração... e deixar o tempo dizer sim ou não!

Leve...

Leve, como leve pluma muito leve, leve pousa; muito leve leve pousa ... Pousa a leveza novamente em mim... Graças!

quarta-feira, maio 24, 2006

Amo!!!



" Todo jardim começa com um sonho de amor.Antes que qualquer árvore seja plantada ou qualquer lago seja construído, é preciso que as árvores e os lagos tenham nascido de dentro da alma. Quem não tem jardins por dentro não planta jardins por fora e nem passeia por eles."
(Rubem Alves)

É por isso que amo! Amo de perto, amo de longe, amo só de sorrir, amo mesmo chorando, amo quando é chato, amo e brigo, amo quando brilha, quando tá escuro, amo e esqueço, amo e dou a mão, amo e puxo orelha, amo e abraço, amo e quero perto, amo e deixo ir, amo e dou, amo e jogo fora, amo e fico para mim, amo e faço crescer, amo e consumo, amo e enlouqueço, amo e choro, amo e quero o bem, amo e nunca mais vejo, amo e canto, amo e dou presente, amo e faço dançar, amo e quero que todo mundo ame também!!!! Que é para o mundo ser cheio de jardins e que todas as borboletas venham passear por eles, espalhando cores pelo ar! Amor para você e para mim!

sexta-feira, maio 19, 2006

Na corda bamba!


Manhã bonita de cor azul! Céu de inverno chegando! Friozinho batendo trazido pelo vento que sopra ainda manso. Heparreiy! O sol lá em cima nos cede o calor de seus raios esquentando as plantas que brotam em chão sem teto, fazendo o verde brilhar, esquenta os telhados das casas, as pernas friorentas de quem senta na porta de casa "pro sol quentá”, esquenta o asfalto e o coração de quem o deixa entrar!

Sexta-feira de Oxalá! ÈPA BÀBÁ! Que traga sua paz aos homens que sofrem de inquietação e falta de amor na terra cinza que deixei pra traz! Guerra civil em São Paulo! E muitos amigos tentando viver uma vida normal no meio do caos! Que estejam todos protegidos!

Hoje busco uma calma de quem nada busca! Lembrando dizeres que chegaram até mim como palavras de grande ensinamento:
"Quando você encontra ´quem você é`,
quando você se dá conta...
o AGORA está sempre perfeito.
E aí nasce uma nova possibilidade de ação:
a ação inativa.
Ou seja, o fazer sem fazer,
que não está baseado no desejo.
Nisso, acontece o que tem que acontecer."

É difícil não ter querer! Querer de coisas que aconteçam logo, querer de amor, querer estar em algum lugar que não é aqui onde estou, querer fazer, querer criar, querer ver, querer ter, enfim... Querer, querer, querer. Já aprendi que querer nem sempre é poder! Que poder mesmo é não querer nada. E aí quando você não quer a vida fica com o querer por você! Como diz Fernando Pessoa, “Quem quer pouco tem tudo, quem quer nada é livre”. Eu quero essa liberdade! Apesar de que só de pensar nisso já tenho um novo querer! Impossível para algumas coisas deixar o querer de lado! Mas acho que o querer que deixa a vida fluir, que está nos caminhos do Flow é mesmo esse querer da liberdade, de deixar a vida viver em nós! Foi dele que experimentei há alguns meses e vi e senti coisas acontecerem com tal facilidade, tal intensidade e alegria que é nele que quero permanecer!
Uma tarefa árdua, porque quando coisas boas começam a acontecer elas vão trazendo pessoas e momentos em sua vida que te fazem querer mais, querer a permanência que nem sempre é capaz e aí... atrapalham esta paz!
Hoje eu tenho um querer que estou aprendendo a acalmar. Que só de pensar nele milhares de quere (res) aparecem em mim, pipocam como milho dentro de panela quente com óleo! Pulam de dentro da minha cabeça, do meu coração, fazem meu corpo inquieto e são capazes de tomar conta de tudo em mim, de me fazer esquecer de coisas que também são importantes, que talvez sejam o querer da vida, coisas que vão me trazer sorrisos, vão me fazer aprender, mas NÃO! Esses quere (res) quase indomáveis são “sapecos”, teimosos e espaçosos! Tenho mesmo é que dar um chega pra lá neles, puxar a orelha, virar o rosto e não olhar, pra ver se eles se acalmam e deixam meu caminho andar! Porque até para chegar lá, onde está este meu maior querer, tenho que deixar as coisas fluírem, o tempo passar!
E assim tento trazer esta calma para perto de mim! Para ocupar o espaço inquieto causado pelos desejos!

Engraçada a vida! Quando a gente pensa que já amadureceu pra certa coisa, que para tal situação a gente não caminha mais com passo de equilibrista em corda bamba, há há há, aparece algo que “desbaratina” nosso caminhar e nos torna outra vez criança! Aí tem que crescer outra vez. Mas o bom mesmo é que cada vez que a gente cresce um pouquinho as experiências vão ficando na nossa mochila e, se a gente quiser, elas podem nos servir de grandes lições para caminharmos com mais segurança, mesmo que na corda ainda bamba! Eu acho que a corda da minha vida vai estar sempre bamba! Porque sou gente; e gente é um ser incompleto! E ser incompleto é estar sempre voltando ao estado de criança, aprendendo e crescendo!

Hum... acabo de encontrar uma explicação plausível para esta variação de estados de ser! É que a cada momento da vida vou me encontrando, vou descobrindo quem eu sou, vou me dando conta! E quando descubro tudo isso, muita coisa muda. E aí já não sei mais quem sou de novo! E o AGORA já não é mais o mesmo agora de ontem. E começo novamente esta busca, que é cheia de querer.

Que bom!
Hoje eu vou tentar não ter querer! Amanhã... vai saber... O importante é não esquecer que
“esquivando-se do sofrimento, perdemos também a felicidade!” Por isso o melhor é se entregar, sem medo!!!

AXÉ!

sábado, maio 06, 2006

1° DE MAIO

CRIANÇA
NÃO
TRABALHA !!!!

Vou pedir pra esse barquinho me levar pra perto do mar...

Dia de luz, festa do sol
E o barquinho a deslizar
No macio azul do mar
Tudo é verão, o amor se faz
Num barquinho pelo mar
Desliza sem parar
Sem intenção, nossa canção
Vai saindo desse mar e sol
Beija o barco e luz
Dias tão azuis
Beija o barco e luz
Dias tão azuis
Volta do mar,desmaia o sol
E o barquinho a deslizar
Vontade é de cantar
Céu tão azul, ilhas do Sul
O barquinho é o coração
É na canção
Tudo isso é paz, tudo isso traz
Calma de verão
E então
O barquinho vai, a tardinha cai
O barquinho vai, a tardinha cai

quinta-feira, maio 04, 2006

Felicidade é uma viagem!!!!


FELICIDADE É UMA VIAGEM
Merije – vibezbrasil@hotmail.com
www.tramavirtual.com.br/coletivo_universal



SE FELICIDADE É UMA VIAGEM
EU TÔ FAZENDO A COISA CERTA
TÔ SEGUINDO O MEU CAMINHO
DE CORAÇÃO E CABEÇA ABERTA

SEM HORA PRÁ CHEGAR
APRECIANDO A PAISAGEM
FAZENDO O MELHOR QUE POSSO
PRÁ NÃO FICAR NA SAUDADE

PORQUE FELICIDADE É UMA VIAGEM
NÃO TEM IDADE
NÃO É BOBAGEMÉ SÓ UMA VIAGEM

quarta-feira, maio 03, 2006

Bresson

"Em tudo que alguém faz deve existir uma relação entre o olho e o coração"

Questões de amantes que não vivem o amor ...

O que são os momentos que não nos encontramos? Os momentos em que recusamos deixar nossos caminhos se cruzarem e tornarem-se um e milhões de possibilidades, descobertas, sustos, sorrisos, lágrimas, aprendizados, desejos, toques, sons, cores, sentidos, temores, dúvidas, erros, perdões, amores, prazeres, palavras, curiosidades, esperanças? O que serão os presentes que deixamos de presentear um ao outro? Quantos serão os sorrisos que deixamos de sorrir um ao outro todos os dias em que não nos vemos? E os abraços? Como será o calor e qual a intensidade do toque das nossas mãos se encontrando durante a noite? Nossas pernas se entrelaçando? Qual será o prazer que isso dá? O que serão nossas discórdias? Nossos erros e nossas desculpas? Como lidamos com nossos problemas do dia-a-dia? Aqueles que surgem quando se acorda junto todas as manhãs? Como serão todas as manhãs acordando juntos? Como entender um bom dia não dito, naqueles dias em que acordamos de mal humor? O que fazer com as roupas espalhadas no chão do banheiro deixadas pela pessoa a quem se ama? Qual será o seu sabor de pasta de dente preferido? Qual será o meu lado preferido do colchão? A que horas a luz do abajur se apaga? Quais serão os filmes que mais gostamos de ver juntos? Qual será a comida que você odeia e que eu morro de prazer ao comer? Qual a peça de roupa sua me deixa louca? Qual é aquela cara minha que te faz sorrir? Do que estamos deixando de desviar no meio da rua por não andar-mos mais de mãos dadas?Como será correr na areia, olhando para o infinito, ao seu lado? Como serão os nossos planos para o infinito juntos? Como serão as noites que um cuida do outro com dor de garganta, febre, ou uma gripezinha qualquer? Quantos são os telefonemas que daríamos um para o outro em um dia de chuva? Quantas vezes abriríamos a porta de casa de surpresa, com aquela cara feliz, esperando um sorriso de volta? Quantas e quais as flores estaríamos dando um ao outro? Quantos baldes de tinta já teríamos gastado em nossas paredes? De que cores seriam essas paredes? Quantas paredes existiriam em nossa casa? Quantos cachorros? Quantos pássaros? Quais os lugares estamos deixando de conhecer com um ar de aventura e segurança, por termos um ao outro de companhia? Quais os lugares desejaríamos conhecer juntos? Quantas gargalhadas deixamos de dar juntos por dia? Quantas palavras mal ditas não dissemos? Quantos desentendimentos não foram entendidos? Qual será a música que eu colocaria ao chegar em casa? Qual seria o prato do jantar de hoje? Quantas velas poderiam estar iluminando esses jantares? Como seria tomar banho juntos todas as noites? Combinar de encontrar na hora do almoço para matar a saudade da noite anterior? Como seria você neste momento? Como seria eu? O que seria nós dois se nos permitíssemos ser juntos? Quanto tempo estamos perdendo? Quanta distância estamos criando entre nós? Quantas diferenças temos? Quantas coisas parecidas podemos encontrar um no outro? Quais serão os momentos em que morro de ciúmes ao teu lado? Qual o lado da rua você nunca passa? Qual o som que fazemos juntos dormindo? Será que já teríamos gravado isso? Qual filme faríamos se tivéssemos um roteiro nosso? Qual a minha bala preferida? Ou o meu sanduíche? Quais as drogas já usamos e como teria sido se estivéssemos juntos? Teríamos usado todas as drogas que usamos? Como veríamos o pôr-do-sol se estivéssemos um ao lado do outro? Quantas vezes brigaríamos por mês? Quanto tempo suportaríamos ficar longe um do outro se nos víssemos todos os dias, durante 1.000 dias? Como seria a sua reação se eu chegasse em casa chorando, dizendo já estar cheia dessa vida, desse trabalho, desse lugar? Que lugar estaríamos se tivéssemos o nosso lugar? O que mais gosta em mim? O que mais me irrita em você? Quantas fotos nossas teríamos espalhadas pelas paredes? Será que ainda acamparíamos na chuva? Qual seria minha banda preferida? Como estaria minha alma se tivesse a sua ajudando-a a crescer? Quem seriam nossos amigos em comum? Quantas garrafas de vinho deixamos de tomar juntos por não estarmos juntos?
Como saber???

terça-feira, maio 02, 2006

Voz de Clarice

“Mas há vida que é para ser intensamente vivida, há o amor.
Que tem que ser vivido até a última gota.
Sem nenhum medo. Não mata.”
(Clarice Lispector)

Ainda pra você


Delírio

Dá o seu gosto de desejo
Dá os seus olhos de menino
Sem regra ou comprometimento
Sem se importar com que for vendo
Nossa sede de liberdade
Eu quero é dançar da forma que me der
A música expondo o seu corpo à vontade
Nas incontáveis formas de se divertir
Dá o seu gusto de desejo
Dá o seu beijo despojado
Seus pensamentos mais intensos
O seu rosto de pecado
Nos gemidos que desordenam
Nas mãos que me fazem entender Adão
A música expondo seu corpo ao delirio
Nas incontáveis formas de se divertir

(Vanessa Da Mata)

Para você que está perto do mar... e que me faz sorrir de amar!

Vem
Que eu sei que você tem vontade
Que eu sei que você tem saudade de mim
Antes que haja enfermidade
Que eu não me recupere
Mas
Se decidir fazer surpresa
Deixei as chaves embaixo do xaxim
Comprei os doces que devora
Acho que agora não vai resistir
Um espelho pra sua vaidade
Dossel, pena de ganso
É quase um romance
Desligue nossos celulares
Três dias pra um começo, vem
Vem
Eu sei que você tem vontade
Eu sei que você tem saudade de mim
Antes que haja enfermidade
Que eu me desespere

A grande borboleta


A grande borboleta
Leve numa asa a lua
E o sol na outra
E entre as duas a seta
A grande borboleta
Seja completa-Mente solta

(Caetano Veloso)

Com a vida leve e solta, como sempre quis!

Coisas do coração!!!!


"Sempre que se começa a ter amor por alguém,
no ramerrão, o amor pega e cresce é porque, de certo jeito, a gente quer que isso seja, e vai, na idéia, querendo e ajudando; mas, quando é destino dado, maior que o miudo, a gente ama inteiriço fatal, carecendo de querer, e é um so facear com as surpresas. Amor desse, cresce primeiro; brota é depois"

segunda-feira, maio 01, 2006

Ainda não é agora

"sossegue coração
ainda não é agora
a confusão prossegue
sonhos afora"

Paulo Leminski

Mas há de ser... sem demora! "Feliz, com a vida leve e solta como eu sempre quis!"