segunda-feira, julho 25, 2005

Entre poeiras e clareiras

Diante de mim,
eu mesma vendo poeiras e clareiras.
Dar ao tempo o tempo que ele precisa para ser exato, ser incerto,ser completo, ser sincero e virar esquinas.
Diante de mim as quinas. A liberdade adentrando a minha sina.
A solidão se dando aos encontros.
A noite turva, o insensato.
O vento arrepiando as costas.
O salto.
Nada parado. O tempo com seus passos.
Eu nos passos do tempo.
Em seus espaços.
Sapatos empoeirados.
E um pouco de tudo dentro do peito.
Um pouco de despeito.
O medo que tolhe; se deixar te engole.
Coisas que não funcionam... que impulsionam!
Os dias cheios de sono.
As noites cheias de luz.
Casulo se abrindo pro mundo...
As asas da borboleta sorrindo. E o mundo saindo de dentro de mim.

terça-feira, julho 19, 2005

Eu queroooooo!

Alguém já viu um pé de maçã????

domingo, julho 03, 2005

Neruda!

LII
"Cantas e a sol e a céu com teu canto
tua voz debulha o cereal do dia,
falam os pinheiros com sua língua verde;
trinam todas as aves do inverno.
O mar enche seus porões de passos,de sinos, cadeias e gemidos,
tilintam metais e utensílios, chiam as rodas da caravana.
Mas só tua voz escuto e sobe tua voz com vôo e precisão de flexa,
desce tua voz com gravidade de chuva,
tua voz esparge altíssimas espadas
volta tua voz pesada de orquídease
logo me acompanha pelo céu."